domingo, 26 de agosto de 2012


VINHOS ORGÂNICOS são feitos sem
o uso de herbicidas e fungicidas.

     Viver em equilíbrio com a natureza e com responsabilidade em relação ao futuro do planeta é uma prática cada vez mais adotada. O vinho também pode ser mais saudável e produzido de modo a consumir menos recursos, com o mínimo desgaste ao ambiente. Os vinhos orgânicos, ou produzidos com uvas de procedência orgânica, são um exemplo dessa preocupação e começam a estar mais disponíveis no varejo do país. E o melhor: com boa qualidade e bom preço.
      A rigor, todo e qualquer vinho, originalmente sem processo químico ou sintético em sua elaboração, já é um produto simples e natural, como os queijos e os pães, também produtos da fermentação. Mas uma forte corrente enoecológica já dispensa nos vinhedos os fertilizantes nitrogenados industriais, os herbicidas que impedem o mato de crescer ao pé das vinhas, os inseticidas químicos e os remédios contra as doenças fúngicas (aquelas geradas por fungos ou mofo, mais ativas nos climas úmidos, como o da maior região vinícola do Brasil, a Serra Gaúcha). Esses antifúngicos, também usados em tomates e morangos, atuam de maneira análoga à progesterona, o hormônio feminino. Com ação residual e cumulativa, podem interferir no metabolismo humano, reduzindo, por exemplo, a produção de espermatozóides em um jovem saudável – e que se alimenta corretamente, comendo frutas e tomando vinho.

      Nos vinhedos ecológicos, usam-se vespas para combater aranhas que furam as uvas, aveia plantada entre as fileiras do vinhedo para fertilizá-lo, insolação privilegiada para o combate aos fungos – e outras soluções criativas.  

      Os vinhos verdadeiramente orgânicos trazem no rótulo, ou mais comumente no contra-rótulo, selos de certificação, que servem de referência ao consumidor. Alguns dos mais célebres vinhos do mundo são orgânicos, caso do Domaine de la Romanée-Conti, produzido na Borgonha, sudoeste da França, reputado como o produtor dos vinhos mais caros que existem.

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